Um Encontro entre Luciano Santos da Costa e Luís Fernando Verissimo
Este ensaio filosófico propõe uma reflexão sobre as correspondências simbólicas entre
Luciano Santos da Costa e Luís Fernando Verissimo.


Mais do que coincidências biográficas, suas trajetórias revelam paralelos que dialogam
com princípios universais de clareza, equilíbrio e autenticidade — a luz e a verdade
como expressões da razão e da sensibilidade humana.


Luciano Santos da Costa nasceu em 29 de setembro de 1970; Luís Fernando
Verissimo, em 26 de setembro de 1936.
Entre eles, o tempo parece traçar um espelho simbólico: o pai de Luciano nasceu no
mesmo ano de Verissimo, e o escritor teve um filho no mesmo ano do nascimento de
Luciano.


Essas coincidências geracionais desenham uma linha de continuidade, um fio de
consciência que atravessa décadas e conecta o pensamento e a criação, a lógica e a
emoção.


Embora suas áreas de atuação sejam distintas — o contador e o escritor —, ambas
expressam uma busca semelhante pela medida e pela coerência.
Luciano traduz em números a harmonia e a responsabilidade que sustentam a vida
concreta; Verissimo traduz em palavras a lucidez e o humor que sustentam a vida interior.
Em ambos, há o mesmo impulso de ordenação e clareza, uma ética do equilíbrio que
aproxima razão e humanidade.


Os nomes, por si só, já revelam o elo simbólico: “Luciano” vem de lux, luz — aquele
que ilumina, que traz clareza; “Verissimo” vem de veritas, verdade — aquele que
expressa o que é autêntico.


Assim, a união simbólica entre ambos representa a fusão da luz e da verdade, da
consciência que percebe e da palavra que revela.


É um encontro entre o cálculo e a criação, o raciocínio e a sensibilidade.


A natureza de ambos também guarda afinidades temperamentais.


Nascidos sob o signo de Libra, compartilham o senso de equilíbrio, a busca pela
harmonia e o apreço pela beleza das formas.


Mas essas qualidades aparecem aqui não como determinantes astrais, e sim como
símbolos universais da medida justa, a mesma que orienta o contador em seus registros
e o escritor em suas narrativas.


Libra, neste contexto, é apenas o arquétipo da conciliação entre o pensar e o sentir, entre
o rigor e a leveza.


Luciano, ao longo de sua vida profissional, assumiu o papel de mediador entre valores e
realidades — função que exige lucidez, ética e precisão.


Verissimo, por sua vez, foi mediador entre ideias e sentimentos, traduzindo com ironia e
ternura as contradições humanas.


Ambos, em suas esferas, desempenham a mesma missão: tornar o complexo inteligível,
o abstrato compreensível e o humano suportável.

A Harmonia, a Música e o Humor como Linguagem da Alma
Outro ponto de convergência entre os dois é a música — linguagem universal que ambos
cultivaram como expressão da alma.


Luís Fernando Verissimo foi saxofonista e amante do jazz, gênero que combina técnica,
improviso e liberdade.


Luciano Santos da Costa, em sua juventude, integrou uma banda de rock, vivenciando
a energia criativa e libertária desse movimento.


E, ainda hoje, mantém viva essa ligação com a arte musical, cantando em karaokês,
onde encontra uma válvula de escape para o cotidiano e uma forma de celebrar a leveza
da vida.


A música, em ambos, reflete o mesmo impulso interior: transformar o ritmo da
existência em arte, e a emoção em som.


Mas há ainda um segundo ritmo que os aproxima — o do riso.


Luciano, em suas palestras, expressa naturalmente o humor, fazendo da palavra falada
uma ponte para a leveza e a reflexão.


Verissimo, por sua vez, dominava o humor na escrita, revelando com elegância e ironia
a verdade que habita o cotidiano.


Ambos compreendem que o riso é também harmonia, um modo de devolver equilíbrio
às tensões da vida.


O humor, como a música, é uma forma de sabedoria emocional: ensina a rir do que é
humano, e assim compreender melhor o que é essencial.


A musicalidade e o humor são, por essência, formas de equilíbrio — entre razão e
emoção, entre estrutura e liberdade.


O jazz de Verissimo e o rock de Luciano, o texto e a palestra, o riso e o canto: todos são
expressões da mesma arte de viver com sensibilidade e consciência.


Essa afinidade reforça o elo simbólico entre luz e verdade: ambos encontram na música
e no humor o espelho da alma, onde a ordem e a emoção coexistem em perfeita sintonia.

Em síntese, o encontro simbólico entre Luciano Santos da Costa e Luís Fernando
Verissimo ultrapassa o acaso das datas ou das profissões.


É um diálogo entre dois princípios: a luz da consciência e a verdade da expressão.
O contador e o escritor, o músico e o pensador, o palestrante e o cronista, revelam a
mesma busca essencial — compreender o mundo sem perder a sensibilidade,
iluminar a realidade sem apagar o mistério.


Assim, suas histórias se unem como duas notas de uma mesma melodia: clara,
verdadeira e humana.


Trabalho realizado dia 05/11/2025
por Luciano Santos da Costa “Luis Fernando Verissímo” – CIM 4556
Loja: O saber de Salomão n. 11

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